terça-feira, 17 de junho de 2008

Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores



"Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."



Hino de 1968
Em 1968 a canção "POQUE NÃO FALAR DAS FLORES"(Geraldo Vandré) é considerada hino oficial dos revolucionario, e foi sensurada em pleno AI5. Segundo Vandré essa canção não era politíca e sim um aviso aos militares "olha gente desse jeito não dá mais.Com essa música houve grandes tensões no senário político do Brasi que resultaram em grandes mudanças.
Postado por: Ione Damasceno

Tropicalismo, Nova Atitude, Nova Música








"A Tropicália foi o avesso da Bossa Nova". Assim o compositor e cantor Caetano Veloso define o movimento que, ao longo de 1968, revolucionou o status quo da música popular brasileira. Dessa corrente, liderada pelo baiano de Santo Amaro da Purificação, também participaram ativamente os compositores Gilberto Gil e Tom Zé, os letristas Torquato Neto e Capinam, o maestro e arranjador Rogério Duprat, o trio Mutantes e as cantoras Gal Costa e Nara Leão. Diferentemente da Bossa Nova, que introduziu uma forma original de compor e interpretar, a Tropicália não pretendia sintetizar um estilo musical, mas sim instaurar uma nova atitude: sua intervenção na cena cultural do país foi, antes de tudo, crítica.
A intenção dos tropicalistas não era superar a Bossa Nova, da qual Veloso, Gil, Tom Zé e Gal foram discípulos assumidos, especialmente do canto suave e da inovadora batida de violão de João Gilberto, conterrâneo dos quatro. No início de 1967, esses artistas sentiam-se sufocados pelo elitismo e pelos preconceitos de cunho nacionalista que dominavam o ambiente da chamada MPB. Depois de várias discussões concluíram que, para arejar a cena musical do país, a saída seria aproximar de novo a música brasileira dos jovens, que se mostravam cada vez mais interessados no pop e no rock dos Beatles, ou mesmo no iê-iê-iê que Roberto Carlos e outros ídolos brazucas exibiam no programa de TV Jovem Guarda. Argumentando que a música brasileira precisava se tornar mais "universal", Gil e Caetano tentaram conquistar adesões de outros compositores de sua geração, como Dori Caymmi, Edu Lobo, Chico Buarque de Hollanda, Paulinho da Viola e Sérgio Ricardo. Porém, a reação desses colegas mostrou que, se aderissem mesmo à música pop, tentando romper a hegemonia das canções de protesto e da MPB politizada da época, os futuros tropicalistas teriam que seguir sozinhos.
Consideradas como marcos oficiais do novo movimento, as canções Alegria, Alegria (de Caetano) e Domingo no Parque (de Gil) chegaram ao público já provocando muita polêmica, no III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, em outubro de 1967. As guitarras elétricas da banda argentina Beat Boys, que acompanhou Caetano, e a atitude roqueira dos Mutantes, que dividiram o palco com Gil, foram recebidas com vaias e insultos pela chamada linha dura do movimento estudantil. Para aqueles universitários, a guitarra elétrica e o rock eram símbolos do imperialismo norte-americano e, portanto, deviam ser rechaçados do universo da música popular brasileira. No entanto, não só o júri do festival mas grande do público aprovou a nova tendência. A canção de Gil saiu como vice-campeã do festival, que foi vencido por Ponteio (de Edu Lobo e Capinam). E, embora tenha terminado como quarta colocada, Alegria, Alegria tornou-se um sucesso instantâneo nas rádios do país, levando o compacto simples com a gravação de Caetano a ultrapassar a marca de 100 mil cópias vendidas – número alto para a época.

Arranjos de vanguarda

A repercussão do festival estimulou a gravadora Philips a acelerar a produção de LPs individuais de Caetano e Gil, que vieram a ser seus primeiros álbuns tropicalistas. Se Gil já contava nos arranjos com a bagagem musical contemporânea do maestro Rogério Duprat, para o disco de Caetano foram arregimentados outros três maestros ligados à música de vanguarda: Júlio Medaglia, Damiano Cozzela e Sandino Hohagen. Coube a Medaglia o arranjo da faixa que Caetano compusera como uma espécie de canção-manifesto no novo movimento.
Influenciado pelo delirante Terra em Transe, filme de Glauber Rocha, assim como pela peça O Rei da Vela, do modernista Oswald de Andrade, na montagem agressiva do Teatro Oficina, Caetano sintetizou nessa canção conversas e discussões estéticas que vinha tendo com Gil, com seu empresário Guilherme Araújo, com a cantora (e sua irmã) Maria Bethânia, com o poeta Torquato Neto e o artista gráfico Rogério Duarte. O resultado foi uma espécie de colagem poética, que traçava uma alegoria do Brasil através de seus contrastes. Quem sugeriu o título Tropicália para essa canção foi o fotógrafo (mais tarde produtor de cinema) Luís Carlos Barreto, que ao ouvi-la, no final de 1967, lembrou da obra homônima que o artista plástico Hélio Oiticica expusera no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, alguns meses antes.
Mas o movimento só passou a ser chamado de tropicalista a partir de 5 de fevereiro de 1968, dia em que Nelson Motta publicou no jornal Última Hora um artigo intitulado "A Cruzada Tropicalista". Nele, o repórter anunciava que um grupo de músicos, cineastas e intelectuais brasileiros fundara um movimento cultural com a ambição de alcance internacional. O efeito foi imediato: Caetano, Gil e os Mutantes passaram a participar com freqüência de programas de TV, especialmente do comandado por Abelardo Chacrinha Barbosa, o irreverente apresentador que virou ícone do movimento. Em maio de 1968, o estado-maior tropicalista gravou em São Paulo Tropicália ou Panis et Circensis, álbum coletivo com caráter de manifesto. Caetano coordenou o projeto e selecionou o repertório, que destacou canções inéditas de sua autoria, ao lado de outras de Gil, Torquato Neto, Capinam e Tom Zé. Completavam o elenco os Mutantes, Gal Costa e Nara Leão, além do maestro Rogério Duprat, autor dos arranjos.
O disco foi lançado em agosto do mesmo ano, em debochadas festas promovidas em gafieiras de São Paulo e Rio de Janeiro. Canções como Miserere Nobis (de Gil e Capinam), Lindonéia (Caetano e Gil), Parque Industrial (Tom Zé) e Geléia Geral (Gil e Torquato) compunham o retrato alegórico de um país ao mesmo tempo moderno e retrógrado. Ritmos como o bolero e o baião, ao lado da melodramática canção Coração Materno (de Vicente Celestino), recriada por Caetano no disco, indicavam o procedimento tropicalista de enfatizar a cafonice, o aspecto kitsch da cultura brasileira. Afinados com a contracultura da geração hippie, os tropicalistas também questionaram os padrões tradicionais da chamada boa aparência, trocando-a por cabelos compridos e roupas extravagantes.

Confrontos

Com tantas provocações ao status quo, as reações à Tropicália também tornaram-se mais contundentes. Num debate organizado pelos estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, em junho de 1968, Caetano, Gil, Torquato e os poetas concretos Augusto de Campos e Décio Pignatari, que manifestavam simpatia pelo movimento, foram hostilizados com vaias, bombinhas e bananas pela linha dura universitária. O confronto foi mais violento ainda durante o III Festival Internacional da Canção, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, em setembro. Ao defender com os Mutantes a canção É Proibido Proibir, que compôs a partir de um slogan do movimento estudantil francês, Caetano foi agredido com ovos e tomates pela platéia. O compositor reagiu com um discurso, que se transformou em um histórico happening: "Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder?", desafiou o irado baiano.
Outro cenário de confronto foi a boate carioca Sucata, onde Caetano, Gil e Mutantes fizeram uma conturbada temporadas de shows, em outubro. Uma bandeira com a inscrição "Seja marginal, seja herói" (obra de Hélio Oiticica), exibida no cenário, e o boato de que Caetano teria cantado o Hino Nacional enxertando versos ofensivos às Forças Armadas serviram de pretexto para que o show fosse suspenso.
Ainda em outubro, finalmente, os tropicalistas conseguiram um programa semanal na TV Tupi. Com roteiro de Caetano e Gil, Divino, Maravilhoso contava com todos os membros do grupo, além de convidados como Jorge Ben, Paulinho da Viola e Jards Macalé. Os programas eram concebidos como happenings, repletos de cenas provocativas. A influência do movimento também ficou evidente em dezenas de canções concorrentes no IV Festival de Música Popular Brasileira , que a TV Record começou a exibir em novembro. A decisão do júri refletia o grande impacto da Tropicália somente um ano após o lançamento de suas primeiras obras: São São Paulo, de Tom Zé, foi a canção vencedora; Divino, Maravilhoso, de Caetano e Gil, ficou em terceiro lugar; 2001, de Tom Zé e Rita Lee, foi a quarta colocada.

Morte decretada

Nessa época, com o endurecimento do regime militar no país, as interferências do Departamento de Censura Federal já haviam se tornado costumeiras; canções tinham versos cortados, ou eram mesmo vetadas integralmente. A decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, oficializou de vez a repressão política a ativistas e intelectuais. As detenções de Caetano e Gil, em 27 de dezembro, precipitaram o enterro da Tropicália, embora sua morte simbólica já tivesse sido anunciada, nos eventos do grupo.
Apesar de ter se revelado tão explosiva quanto breve, com pouco mais de um ano de vida oficial, a Tropicália seguiu influenciando grande parte da música popular produzida no país pelas gerações seguintes. Até mesmo em trabalhos posteriores de medalhões da MPB mais tradicional, como Chico Buarque e Elis Regina, pode-se encontrar efeitos do "som universal" tropicalista. Descendentes diretos ou indiretos do movimento continuaram surgindo em décadas posteriores, como o cantor Ney Matogrosso e a vanguarda paulistana do final dos anos 70, que incluía Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e o Grupo Rumo. Ou, já nos anos 90, o compositor pernambucano Chico Science, um dos líderes do movimento Mangue Bit, que misturou pop eletrônico com ritmos folclóricos locais. Ou ainda um grupo de compositores e intérpretes do Rio de Janeiro, como Pedro Luís, Mathilda Kóvak, Suely Mesquita e Arícia Mess, que lançaram em 1993 um projeto com pose de movimento intitulado Retropicália.
Em 1998, os 30 anos do movimento serviriam de tema oficial do Carnaval de Salvador. Essa efeméride também provocou a gravação do CD-tributo Tropicália 30 Anos, no qual as canções mais populares do movimento foram recriadas por intérpretes da nova geração baiana, como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Daniela Mercury, além dos próprios Caetano, Gil, Tom Zé e Gal Costa.
Em âmbito internacional, nos últimos anos, conceituadas publicações como o jornal norte-americano The New York Times ou a revista britânica The Wire dedicaram artigos extensos à Tropicália. Um revival até inusitado, que parece ter sido despertado pelo culto às obras de Caetano, Gil, Tom Zé e Mutantes, que astros do pop internacional como David Byrne, Beck e Kurt Cobain já vinham praticando havia anos.

Texto de Carlos Calado
Comentário sobre o Texto "Tropicalismo, Nova atitude, Nova música"
Em 1968 fica evidente a presença de um movimento chamado tropicália. O movimento em andamento, que não tardaria em ter todas suas propostas organizadas num cenário único. Os anos 60 foi de grande tensão e momento de mudanças no cenário político no Brasil, o que veio diretamente a influenciar música popular brasileira. De um lado oposto à bossa nova, que desde a década anterior trazia inovações formais com uma nova rítmica desenvolvia-se uma escola de interpretação que pedia da música popular brasileira, engajamento político, mensagem clara e direta e participação social. Os artistas da época com isso, usavam a música como forma de protesto e defesa.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Materia Do Evento semana 1968 Anderson Albergaria




1968 O Ano Que Não Terminou
Na faculdade Estácio de Sa de Belo Horizonte Houve uma palestra do professor Lélio Fabiano dos Santos falando sobre o movimento estudantil de 1968, a atuação da imprensa nesse período de chumbo da política Brasileira e a criação do AI-5 .
Lélio explicou a criação do AI-5 falou da experiência em Paris o auge do movimento estudantil a passeata do cem mil .
Lélio usa muito o período que passou na França. Para comparar o Brasil com a França, ele acha que a imprensa brasileira evolui muito. Lélio é um dos primeiros professores da PUC Belo horizonte que ajudou a criar o curso de comunicação social da PUC.
E um amante da cultura francesa por falar bem o francês Sempre compara o Brasil a França ele um apaixonado pela imprensa francesa .
Na palestra conta as experiências vividas por tempo da ditadura e comenta sobre a situação atual da imprensa e conta historias marcantes como a tortura de Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Na visão de Lélio os jornalistas brasileiros fizeram um excelente trabalho. ajudanto a derruba-la a ditatura , e hoje em dia ele considera bom o nível da imprensa
Um fato curioso ocorrido na palestra e o pouco interesse demonstrado pelos alunos não fizeram muitas perguntas alias foram só três uma estudante do 1 período e outos dois do 3 período .Segundo o estudante Ubaldo do 4 Período a palestra foi boa mais ele acha que teria que ter mais interação dos alunos com a palestra,na visão de Ubaldo o palestre passou muitas experiências vividas e isso sempre engrandecer o currículo dos estudantes.
Um fato interessante por vários professores terem cido alunos de Lélio ouve grandes perguntas, uma que me chamou a atenção foi a resposta dada a professora Hila, ouvir a opinião de alguns professores Luciana Oliveira fala um pouco sobre o trabalho da imprensa na derrubada da ditadura na visão de Luciana a imprensa vez um excelente trabalho e o principal ponto da derrubada do regime,ela também acha que hoje em dia a imprensa evolui muito sendo muito crescendo muito o sentido de ética. video do evento:No Blog :andersonblog1.blogspot.com

Matéria anos 60 Musica Anderson Albergaria

O movimento surge da união de uma série de artistas baianos, no contexto do Festival de Música Popular Brasileira promovidos pela Rede Record em São Paulo e na Globo, no Rio de Janeiro.
Um momento crucial para a definição da Tropicália foi o Festival de Música Popular Brasileira, no qual Caetano Veloso interpretou "Alegria, Alegria" e Gilberto Gil, ao lado dos Mutantes, "Domingo no Parque". No ano seguinte, o festival foi integralmente considerado tropicalista: (Tom Zé aí apresentou a canção "São Paulo"). No mesmo ano foi lançado o disco Tropicália , considerado quase como um manifesto do grupo.
A tropicalhia foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e a concretismo); mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Torquato Neto, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa).
Influências: movimento antropofágico, pop art, concretismo
Antropofagia
Grande parte do ideário do movimento possui algum tipo de relação com as propostas que, durante as décadas de 1920 e 30, os artistas ligados ao Movimento antropofágico promoviam (Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, entre outros): são especialmente coincidentes as propostas de digerir a cultura exportada pelas potências culturais (como a Europa e os EUA) e regurgitá-la após a mesma ser mesclada com a cultura popular e a identidade nacionais (que em ambos os momentos não estava definida, sendo que parte das duas propostas era precisamente definir a cultura nacional como algo heterogêneo e repleto de diversidade, cuja identidade é marcada por uma não identidade mas ainda assim bastante rica).
brasileiro a partir de 1968. Marcou a ruptura da arte contemporânea, inaugurando conceitos e tendências que iriam desembocar na arte brasileira.
Várias iniciativas artísticas acontecidas desde meados de 1967 tiveram papel fundamental no surgimento desta "revolução": o filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, as canções "Alegria, alegria", de Caetano Veloso, e "Domingo no parque", de Gilberto Gil são algumas delas.
Fruto da audácia de novos talentos, o movimento entra no âmbito das mais diversas atividades artísticas, como o teatro, artes plásticas, cinema e com maior destaque a música.
Nomes principais Hélio Oiticica Caetano Veloso,Capinam,Gal Costa ,Gilberto Gil,Glauber Rocha,
Guilherme Araújo,Jorge BenJorge Mautner,Júlio MedagliaLanny Gordin,Maria Bethânia,Nara Leão ,Os Mutantes Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee,Rogério Duarte,Rogério DupratTom Zé,Torquato Neto,Waly Salomão,Sérgio Sampaio
O tropicalhismo era ha base dos prodestos do movimento 1968 que os estudantes fizeram com muitas musicas do gilberto gil e principalmente caetano veloso .
O Tropicalismo foi um movimento artístico – cultural, que contagiou o cenário brasileiro a partir de 1968. Marcou a ruptura da arte contemporânea, inaugurando conceitos e tendências que iriam desembocar na arte brasileira.
Várias iniciativas artísticas acontecidas desde meados de 1967 tiveram papel fundamental no surgimento desta "revolução": o filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, as canções "Alegria, alegria", de Caetano Veloso, e "Domingo no parque", de Gilberto Gil são algumas delas.
Fruto da audácia de novos talentos, o movimento entra no âmbito das mais diversas atividades artísticas, como o teatro, artes plásticas, cinema e com maior destaque a música.
Musicas anos 60:
Veloso - Caetano






veloso - caetano 2







caetano - veloso3

Pesquisa O Que Blog Anderson Albergaria

Pesquisa
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No blog podemos utilizar recursos como áudio foto e vídeo para não ficar muito pesado o vídeo deve ser postado no you tube e depois colocar no blogger original, fotos e imagens e recurso muito simples e blogger tem uma ótima ferramenta ,já áudio usando o mp3 tube fica muitosimples de colocar no blongger e um recurso ilimitado.
Visitei alguns blogs e percebi que basicamente so muda a cor e a estrutura de colocar recursos como áudio vídeo e foto e alguns blogs principalmente de esporte de mais links dinjuntivos do que outros blogs de outras editorias.
Anderson Albergaria De Moraes
Site Da Blogger, e http://pt.wikipedia.org/wiki/Weblog

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Tropicália literatura Brasileira


Tropicalismo


O tropilcalismo foi um movimento inusitado de música popular na
cultura brasileira na década de 60. fala-se que esse movimento
teve relações nacionais e internacionais. Um exemplo disso foi a
música de Caetano Veloso " É Proibido Proibir "Que é uma homenagem
ao movimento estudantil da frança. Foi feito nossa arte nacional o"movimento PAU BRASIL". Antes se falava de música popular e artística como opostos que
se tornaram a força do tropicalismo se fundindo. A intenção era
criar um som universal abolindo a idéia do bom e do mau gosto.
Neste Universo surgiu então músicas industrilizadas em contradição
a ritmos enraizados de uma colônia.Essa manisfetação foi uma
audácia brasileira várias repercussões surgiram; dramaturgos ,
escritores,compositores começaram a direcionar atenção ao
movimento;Originou discussões nas mídias e marcando-se na história,
driblando a censura e pondo a frente a livre expressão. Esse
movimento irreverente provocou grande impacto,sempre tendo como
símbolo marco de inspiração a banana... Foram a debates e pesquisas
tais protestos, participaram em platéia jornalistas e estudantes
universitários expondo opinões sobre o movimento que destinava uma
nova imagem do Brasil.
Aline Ribeiro.



Lit. Contemporânea

LITERATURA BRASILEIRA POR SERGIUS GONZAGA.




LEITURA SUPLEMENTAR


CONTEXTO CULTURAL (1965-1970)



A trepidante década de 1960 - sobretudo a partir de 1965 - apresentou como símbolo uma palavra presente em textos, manifestos, panfletos e no dia-a-dia da juventude, que encabeçou o processo de mudanças. A palavra era revolução.

Antes de mais nada, uma revolução de costumes, liderada principalmente por jovens norte-americanos que se rebelavam contra o formalismo e a rigidez de uma sociedade ainda autoritária e repressora. Baseavam-se de maneira difusa nas teorias de um filósofo da contra-cultura, o alemão Herbert Marcuse e, ao mesmo tempo, em um sentimento de repulsa pelo mundo de seus pais. Em pouco anos, tabus morais desabaram, valores seculares foram questionados e novos padrões de existência se impuseram.
O conflito de gerações era inevitável: pais e filhos não se entendiam mais. O sonho de todo o rapaz, (e de toda a moça) era fugir de casa e viver livremente num mundo que parecia esperar esta ruptura juvenil, com ofertas de paz, amor, sexo e autonomia existencial.


Fato decisivo para esta revolução nos costumes foi a emancipação feminina. Condenadas até então, em sua maioria, a se tornarem "rainhas do lar", as mulheres começaram a ingressar no mercado de trabalho e experimentaram uma liberdade desconhecida que só um salário poderia lhes propiciar. A família patriarcal iniciava a sua derrocada.

À grande virada nos costumes acrescentou-se a revolução política. Os emblemas guerrilheiros - sintetizados na figura mítica de Che Guevara - seduziram os estudantes dos países do III Mundo, da mesma forma que o pacifismo atraiu os norte-americanos envolvidos na Guerra do Vietnã. Nas universidades e colégios não se fazia outra coisa senão política. O movimento estudantil representava a vanguarda nos protestos por todo o mundo. Os célebres acontecimentos de maio de 1968, que sacudiram a França, e constituem ainda hoje uma legenda, nasceram sob o influxo de um lema que simbolizava perfeitamente aqueles tempos: "É proibido proibir."
No caso do Brasil. o regime militar convertera-se no principal inimigo dos estudantes. A ditadura, de certa forma, significava a continuidade, no espaço público, do autoritarismo da casa paterna. Combatê-la era também combater a família conservadora e tradicional.


Igualmente formidável foi a revolução cultural. A "alta cultura" (artes plásticas, literatura, música erudita) - até então modelar - cedeu espaço a uma cultura contestadora e pouco requintada, dirigida às grandes massas juvenis, e cuja principal expressão era a "música pop". Esta logo foi incorporada à poderosa "indústria cultural". Centenas de milhões de discos foram vendidos no Ocidente, na segunda metade dos anos 60, e a música se tornou, ao lado do cinema e da televisão, um importante negócio.

No Brasil, a televisão se impôs como o meio cultural por excelência. Aparelhos receptores tornaram-se mais baratos e se disseminaram pelos lares das classes médias urbanas. A utilização do vídeo-tape, a partir de 1962, permitira a repetição de programas produzidos no eixo Rio - São Paulo por estações de todos os quadrantes. As emissoras regionais se multiplicam e começam a se associar com as do centro do país, iniciando o processo de formação das grandes redes.
As tevês Record, Tupi e Excelsior lutavam pelo domínio da audiência nacional. Séries importadas, programas humorísticos, musicais e de auditório estruturavam a base de sua programação. As telenovelas não entravam, em geral, no horário nobre e eram quase todas de autores cubanos e mexicanos. Em maio de 1966, a Excelsior colocou no ar a telenovela Redenção, com enredo folhetinesco, mas com uma típica cidadezinha brasileira do interior usada como cenário. Foi um êxito incrível: a telenovela durou dois anos, com capítulos diários. O novo gênero (chamado por alguns de folhetim eletrônico) mostrava que tinha tinha grande futuro.

Em 1969, já no horário nobre, a Tupi lançou Beto Rockfeller, do dramaturgo Bráulio Pedroso. Pela primeira vez a trama melodramática cedia lugar a uma história de enfoque realista, centrada em um simpático vigarista que enganava todo o mundo com sua esperteza. A telenovela passava a enunciar toda a potencialidade de revelação da realidade nacional. Na década seguinte, caberia a tevê Globo aproveitar os caminhos abertos por Beto Rockfeller para transformar a telenovela na mais importante forma de expressão da indústria cultural brasileira.


A associação entre a tevê e a música popular deu-se com o surgimento dos programas O fino da bossa, chefiado por Elis Regina, e Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, ambos de 1965. O sucesso de audiência dos mesmos impulsionou espetacularmente o mercado de discos no Brasil, criou os novos astros da juventude e delimitou duas tendências opostas no campo da indústria cultural, a saber:
1) A M.P.B. (Música Popular Brasileira), herdeira da tradição - do samba à bossa nova, passando por outros ritmos típicos, como o frevo, o baião, a modinha, etc. Este nacionalismo musical - que via na música pop uma espécie de agente do imperialismo cultural inglês e norte-americano - seduziu o público universitário.

Tematicamente, os jovens compositores apoiavam-se na vertente lírica da nostalgia e do canto amoroso. Ao mesmo tempo, elaboravam canções de protesto contra o regime militar através de mensagens poéticas que insistiam na proximidade da "aurora", do "amanhã", do "carnaval", tomados todos estes elementos como metáforas de uma nova ordem que logo viria, destruindo a ditadura. Entre outros integraram a referida corrente Chico Buarque, Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo, Edu Lobo e, por curto tempo, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

2) A Jovem Guarda, também conhecida como iê-iê-iê - voltada para um público ainda mais jovem e menos sofisticado - e que traduziu singelamente, em termos nacionais, a explosão musical de The Beatles, The Rolling Stones, Jimmy Hendrix, Janes Joplin e outros monstros sagrados dos anos 60. Se para a turma da M.P.B. a guitarra elétrica, por exemplo, era um instrumento imperialista, para os cabeludos da Jovem Guarda era a possibilidade de reproduzir entre nós os sons que eles amavam. Além de Roberto Carlos faziam parte do grupo Erasmo Carlos, Wanderléia, The Golden Boys e outros que já foram esquecidos.

A tentativa de imitar a sonoridade pop, somou-se uma linha temática centrada nos novos costumes da juventude (principalmente os amorosos). Entre as várias canções feitas por Roberto e Erasmo Carlos em parceria, uma ficou como símbolo do realismo trivial, mas encantador, com que fixavam a mudança no comportamento relativo à paixão juvenil (Falta complementar com letra da dupla)


Neste período, também o teatro teve um momento fascinante através dos grupos Oficina, Arena e Opinião. Mesclando um conteúdo político (simbólico ou explícito) com encenações de alto brilho, quando não totalmente inovadoras, estes grupos teatrais mobilizavam multidões de jovens universitários. Nas peças de forte apelo ideológico os espectadores reforçavam os seus próprios ideais contestatórios. Não raro, no final de espetáculos como Arena conta Zumbi ou Os pequenos burgueses, do Oficina, o público cantava o Hino Nacional. Por isso, uma organização apoiada pelo regime, o CCC (Comando de caça aos comunistas), passou a submeter os atores destas "obras subversivas" a covardes espancamentos e sevícias torpes. A promulgação do AI-5 liquidou com o teatro de protesto e alguns dos maiores encenadores da época, como Augusto Boal e José Celso Martinez Corrêa, foram presos, torturados e expulsos do Brasil.

De todas as manifestações culturais do período, a mais polêmica foi a do Tropicalismo. Aparecendo na música popular em 1967-1968, o Tropicalismo representou uma espécie de síntese entre vários movimentos artísticos dos 60 e mesmo da vanguarda de 1922. Entre as influências próximas, Caetano Veloso - o líder da Tropicália - identificou as estranhas instalações (artes plásticas) de Hélio Oiticica; a explosiva montagem de O rei da vela (1966), de Oswald de Andrade, que José Celso Martinez Correia pôs em cena; o delírio barroco de Terra em transe, o filme político por excelência de Glauber Rocha; e a poesia concreta paulista.
O Tropicalismo significou uma rebelião contra os padrões musicais e ideológicos vigentes na chamada MPB. Em oposição as letras de protesto ou simplesmente sentimentais, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Capinam, Torquato Neto, e outros, propuseram versos irônicos (se não debochados), onde mesclavam aspectos do Brasil primitivo com imagens do Brasil moderno, e faziam referências a ídolos e a elementos "kitsch" da cultura popular. Desta maneira, tentavam registrar a grande "geléia geral" da sociedade brasileira e, paralelamente, fugir da ingenuidade dos compositores de esquerda que acreditavam poder mudar o país através de suas canções.

No plano estritamente musical, os tropicalistas romperam com o nacionalismo a que todo o artista da MPB deveria se submeter, e abriram suas criações a "acordes dissonantes", na feliz expressão de Caetano Veloso, referindo-se à música pop internacional. Isso não significava copiar padrões estéticos e sim devorá-los num processo antropofágico, em que se misturava o nacional com o estrangeiro. Desta fusão - tão a gosto de Oswald de Andrade - nasceriam as novas formas artísticas capazes de expressar a turbulência do Brasil moderno.

Um exemplo é a canção Tropicália, de Caetano Veloso:

sobre a cabeça os aviões / sob meus pés os caminhões / aponta contra os chapadões / meu nariz / eu organizo o movimento / eu oriento o carnaval / eu inauguro o monumento no planalto central / do país / viva a bossa-sa-as / viva a palhoça-ça-ça-ça-ça / o monumento é de papel crepom e prata / os olhos verdes de mulata / a cabeleira esconde atrás da verde mata / o luar do sertão / o monumento não tem porta / a entrada é uma rua antiga estreita e torta / e no joelho uma criança sorridente feia e morta / estende a mão / viva a mata-ta-ta-ta-ta / no pátio interno há uma piscina / com água azul de amaralina / coqueiro brisa e fala nordestina / e faróis / na mão direita tem uma roseira / autenticando a eterna primavera / e nos jardins os urubus passeiam a tarde inteira / entre girassóis / viva Maria-iá-iá / viva a Bahia-iá-iá-ia-íá / no pulso esquerdo do bangue-bangue / em suas veias corre muito pouco sangue / mas seu coração balança a um samba / de tamborim / emite acordes dissonantes / pelos cinco mil alto-falantes / senhoras e senhores ele põe os olhos grandes / sobre mim / viva Iracema-ma-ma / viva Ipanema-ma-ma-ma-ma / domingo é o fino da bossa / segunda-feira está na fossa / terça-feira à roça / porém / o monumento é bem moderno / não disse nada do modelo do meu terno / que tudo mais vá pro inferno / meu bem

postado: Aline Ribeiro

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ditadura Militar no Brasil: A Censura X Conciência Política Social

CHICO BUARQUE


A música popular brasileira era uma importante forma de expressão, contra a repressão do governo daquela época. A Ditadura trazia ao povo brasileiro sentimentos de medo e tristeza. Os compositores que participavam de movimentos contra tais sentimentos, passavam suas mensagens pela censura disfarçadamente, em letras de músicas, muito bem elaboradas. Nessa época, houve a promulgação do AI-5, que obrigava a inspeção e aprovação de qualquer trabalho artístico, por agentes do governo.
Vários intelectuais como Fernando Henrique Cardoso, Fernando Gabeira, José Serra, José Dirceu, etc... e artistas como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, entre outros, sofreram severas repressões, como tortura, prisão e exílio. Eles publicaram com importante relevância e coragem suas obras, mesmo que de forma disfarçada.
Nos governos do período ditatorial, podemos observar a intensidade, as transformações e consequências da censura. A música foi o instrumento de protesto mais importante, porque conseguia atingir toda população e, apesar de toda tensão de um regime autoritário e inflexível, sustentava um clima de esperança em relação ao futuro, alimentando os ideais populares. A rigidez desse regime autoritário, não foi suficiente para acabar com a Conciência Política do nosso povo.



Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino

http://artistas.flogbrasil.terra.com.br/f86ca6d01957efb26471d8b43bfc0879.jpg





"Análise da música Apesar de Você"

Composta por Chico Buarque de Olanda em 1970, como expressão contra o governo Médici, contra a repressão mais conhecida da época.
A letra da música "Apesar de Você" começa com a demonstração da submissão de alguém, a quem o compositor se refere como VOCÊ (Médici).No trecho "A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão, viu" ele mostra toda tensão medo e tristeza das pessoas que viviam naquele clima de angústia imposto pela ditadura. Em "Você que inventou esse estado e inventou de inventar toda a escuridão" ele se refere àquele terrível período de trevas. Segue-se "Você que inventou o pecado esqueceu-se de inventar o perdão." O pecado era inventado pela censura que ditava o que era certo e o que era errado, para quem ia contra ela não havia o perdão, eram sempre condenados culpados.
A segunda estrofe fala num clima de esperança para o futuro, onde o governo Médici seja deposto, para deleite do povo: "Apesar de Você, senhor presidente,tudo vai melhorar... eu pergunto a você onde vai se esconder da enorme euforia"
Na terceira estrofe, podemos ver a cobrança e indignação pelos momentos perdidos: "este samba no escuro" faz mensão ao sentimento e a alegria do povo brasileiro oculta durante esse período. No final da terceira estrofe ele faz uma ameaça para o VOCÊ: "Você vai pagar e é dobrado cada lágrima rolada nesse meu penar."
A estrofe seguinte mostra a luta constante entre o compositor e o poder: "Inda pago pra ver o jardim florescer... e eu vou morrer de rir." A letra sugere uma mudança nos acontecimentos, no presente ("hoje você é quem manda") o povo é dominado e submetido, mas no futuro ("Amanhã há de ser outro dia"), se tudo for de acordo com as esperanças do povo, o poder é quem ficará por baixo. É um desabafo.
Chico demonstra nessa música que a luta vitoriosa do povo só trará felicidade.Usa expressões que indicam uma volta à luz empregando poesia como sinônimo de beleza: "A manhã renascer, E esbanjar poesia... vendo o céu clarear, de repente."
"Como vai abafar, Nosso coro a cantar, Na sua frente."(cantar em conjunto demonstra a alegria e a força da união de um povo).
Tudo se ilumina ao contrário das trevas demonstradas em: "toda Escuridão" e "samba no escuro". Ele fecha a última estrofe com a frase: "Você vai se dar mal", desabafo, em forma de ameaça.

1968...O sonho acabou? Faculdade Estácio de Sá - Belo Horizonte - MG

O cerceio da liberdade, imposto pela ditadura de 68, e suas barbarias, nos remete a percorrer até hoje, o caminho da busca pela utopia, o que transcendeu aquela época de magia e agonia...Naquele tempo de explosão comportamental, cheio de manifestos revolucionários e de sentimentos realistas, criou-se uma nova realidade. Não mais nos submeteríamos às regras daquela política endurecida, que nos emudecia, ensurdecia e cegava...O sonho de liberdade teve um caro preço, então não podemos deixar que ele seja perdido.
(Texto de Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino, que concorreu ao concurso da Faculdade Estácio de Sá, "O sonho acabou?")


foto: Professora e orientadora do Curso de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá, Josana Matedi Prates Dias e o palestrante do evento "1968... o sonho acabou?" escritor e jornalista Régis Gonsalves, que "trabalhou em inúmeros veículos de comunicação de BH e como correspondente de publicações nacionais. Foi redator, colunista e repórter na área do jornalismo cultural. É autor dos livros "Queima de arquivo", "Opus Circus" e "Trama Tato Texto"(poesia). Atualmente prepara um livro de poemas e outro com perfis de artístas e intelectuais publicados nos últimos dez anos."
Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino



Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Foto: Janaína Maquiaveli Cardoso.


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino

"Mídia nos anos de chumbo"




"Palestrante: Lélio Fabiano dos Santos. É jornalista com mestrado em Ciências da informação pelo Instituto Francês De Imprensa da Universidade de Paris, França. Foi fundador da faculdade de Comunicação em Países Africanos de Língua Portuguesa e superintendente de Comunicação Social do Indi. É diretor-presidente da Lélio Fabiano e Associados - Comunicação Empresarial."
Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino

"Do Movimento Estudantil ao Movimento Ambientalista"



"Palestrante: Apolo Heringer. É médico, formado pela UFMG em 1967, com especialização na Argélia. Nos anos 60 foi uma importante liderança do movimento estudantil. Nos anos 90, passou a militar na causa ambiental como coordenador no projeto Manuelzão. É escritor, com livros e artigos de ampla divulgação nas áreas literária, médica e política."
Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino



Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino

Peça teatral "Cadeiras Cativas"



"A peça aborda diferentes constrangimentos sociais e individuais e mostra como a política influencia o comportamento humano. Texto e direção: Cristiane Cândido. Assistente de direção: Mariana Mahé. Trilha original: Marcelo Máximo e Tatiana Perdigão. Cenário: Djalma Marcelino. Coreografia: Gabriel Caldeira. Sonoplastia:Lourival Jr. Atores: alunos da FESBH e da comunidade."
Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino


Postado por: Fernanda de Cássia Fernandes Marcelino

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A tropicália em "1968"

Foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira; misturou as manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960.

O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Torquato Neto, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa).Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".

Movimento cultural do fim da década de 60 que, usando deboche, irreverência e improvisação, revoluciona a música popular brasileira, até então dominada pela estética da bossa nova. Liderado pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o tropicalismo usa as idéias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade para aproveitar elementos estrangeiros que entram no país e, por meio de sua fusão com a cultura brasileira, criar um novo produto artístico. Também se baseia na contracultura, usando valores diferentes dos aceitos pela cultura dominante, incluindo referências consideradas cafonas, ultrapassadas ou subdesenvolvidas.

O movimento é lançado com a apresentação das músicas Alegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de Gil, no Festival de MPB da TV Record em 1967. Acompanhadas por guitarras elétricas, as canções causam polêmica em uma classe média universitária nacionalista, contrária às influências estrangeiras nas artes brasileiras. O disco Tropicália ou Panis et Circensis (1968), manifesto do movimento, vai da estética brega do tango-dramalhão Coração Materno, de Vicente Celestino (1894-1968), à influência dos Beatles e do rock em Panis et Circensis, cantada por Os Mutantes. O refinamento da bossa nova está presente nos arranjos de Rogério Duprat (1932-), nos vocais de Caetano e na presença de Nara Leão (1942-1989).

O tropicalismo manifesta-se, ainda, em outras artes, como na escultura Tropicália (1965), do artista plástico Hélio Oiticica, e na encenação da peça O Rei da Vela (1967), do diretor José Celso Martinez Corrêa (1937-). O movimento acaba com a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968. Caetano e Gil são presos e, depois, exilam-se na Inglaterra.Em 1997, quando se comemoram os 30 anos do tropicalismo, são lançados dois livros que contam a história do movimento: Verdade Tropical, de Caetano Veloso, e Tropicália - A História de uma Revolução Musical, do jornalista Carlos Calado.


Postada por : Luanda Vidal

A Tropicália em "1968"












Foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira; misturou as manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais.




Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Torquato Neto, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa).Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".

Movimento cultural do fim da década de 60 que, usando deboche, irreverência e improvisação, revoluciona a música popular brasileira, até então dominada pela estética da bossa nova. Liderado pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o tropicalismo usa as idéias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade para aproveitar elementos estrangeiros que entram no país e, por meio de sua fusão com a cultura brasileira, criar um novo produto artístico. Também se baseia na contracultura, usando valores diferentes dos aceitos pela cultura dominante, incluindo referências consideradas cafonas, ultrapassadas ou subdesenvolvidas.




O movimento é lançado com a apresentação das músicas Alegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de Gil, no Festival de MPB da TV Record em 1967. Acompanhadas por guitarras elétricas, as canções causam polêmica em uma classe média universitária nacionalista, contrária às influências estrangeiras nas artes brasileiras. O disco Tropicália ou Panis et Circensis (1968), manifesto do movimento, vai da estética brega do tango-dramalhão Coração Materno, de Vicente Celestino (1894-1968), à influência dos Beatles e do rock em Panis et Circensis, cantada por Os Mutantes. O refinamento da bossa nova está presente nos arranjos de Rogério Duprat (1932-), nos vocais de Caetano e na presença de Nara Leão (1942-1989).




O tropicalismo manifesta-se, ainda, em outras artes, como na escultura Tropicália (1965), do artista plástico Hélio Oiticica, e na encenação da peça O Rei da Vela (1967), do diretor José Celso Martinez Corrêa (1937-). O movimento acaba com a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968. Caetano e Gil são presos e, depois, exilam-se na Inglaterra.Em 1997, quando se comemoram os 30 anos do tropicalismo, são lançados dois livros que contam a história do movimento: Verdade Tropical, de Caetano Veloso, e Tropicália - A História de uma Revolução Musical, do jornalista Carlos Calado.